terça-feira, 25 de agosto de 2009

Barreiro - Largo Rompana


Acrílico sobre tela 50 cm x 40 cm

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Dr. Francisco dos Santos Rompana – Há mais de 150 anos que é vulgarmente designada por Largo do Rompana (embora nunca fosse, oficialmente, classificada como um Largo) a parte norte (terminal) da antiga Rua Direita de S. Francisco (não confundir com a Rua de S. Francisco que era a actual Rua Serpa Pinto), a qual, tomou em 12-11-1929, o nome de Rua José Relvas. Rompana (corruptela de rompante) começou por ser alcunha porque era conhecido Francisco dos Santos, proprietário e industrial de padaria. Daí o nome porque este passou a ser designado pelo povo. Foi entre 1844 e 1847 que Francisco dos Santos acrescentou ao seu apelido o de Rompana. Foi um dos netos (Dr. Francisco dos Santos Rompana, acima citado) que passou a usar o nome do avô paterno, acrescido do adoptado apelido, no qual, aliás, ele tinha muita honra. (de “O Barreiro Antigo e Moderno”)

Barreiro - Mercado 1º. de Maio

Acrílico sobre tela 50 cm x 40 cm

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Mercado 1º. De Maio
O lançamento da 1ª. Pedra para a construção deste mercado teve lugar em 30/07/1916. Quanto à cobertura do mercado, desistiu-se, naquela época, da sua construção, pois a despesa, 8 contos 772 escudos, não cabia na verba orçamentada. Esse melhoramento só foi possível de executar em 1933, custando então perto de 210 contos.Concluido o mercado, a C.M.B. aprovou em 16/10/1917 o seu Regulamento após o que entrou em funcionamento. (Respigámos estas notas do “Barreiro Antigo e Moderno” de Armando da Silva Pais.

Barreiro - Edifício dos Paços do Concelho

Acrílico sobre tela 50 cm x 40 cm

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Edifício dos Paços do Concelho
Em 20/11/1904 foi arrematada a 1ª. Empreitada desta obra pela quantia de 17 395 000 réis; a 2ª. por 1 250 000 réis.
A primeira pedra para a construção dos Paços do Concelho ocorreu em 8/12/1904 e a ela assistiram cerca de 1200 pessoas. O edifício só foi concluido em Julho de 1906.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Barreiro - Estação da CP do Barreiro-A (já demolida)

Acrílico sobre tela 50 cm x 40 cm

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BARREIRO-A - A Estação foi demolida, pelo que nos constou foi na madrugada do dia 21 ou 22 de Maio de 2008. Foi uma surpresa. O assunto não foi objecto de informação divulgada por nenhuma entidade. No local verificámos que de facto a “Estação” tinha sido “evaporada!”. A Câmara parece que foi informada que iam realizar-se as obras na Estação do “Barreiro A”, mas não com a informação que a mesma seria completamente demolida.

Barreiro - Moinho do Jim

Acrílico sobre tela 50 cm x 40 cm

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Moinho de Vento do JIM - Mandado edificar em 1827 pelo britânico James Hartley, conhecido por “Jim”, funcionou até ao final do séc. XIX, sendo em 1926 adaptado para habitação. Em 1960 passa a Património Municipal. Moinho de arquitectura Proto–Industrial, com estrutura em forma de cone truncado, torre de três pisos, cobertura giratória e duas mós. O sistema de velas original era de tecnologia holandesa - velas de madeira rectangulares com uma envergadura de 13 metros.

Barreiro - Bairro da Cuf - Rua da Cuf


Acrílico sobre tela 50 cm x 40 cm

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Bairro da CUF - A par da estratégia de desenvolvimento industrial, com a construção das fábricas da CUF – Companhia União Fabril em 1908, Alfredo da Silva implementou a sua “Obra Social”. Logo nesse ano deu início à construção do Bairro Operário, com habitação e alguns serviços de carácter social destinados apenas aos operários, parte que já não existe actualmente. Em 1927 foi aberta a primeira Escola para ambos os sexos. O primeiro Refeitório entra em funcionamento em 1942 e a Colónia de Férias para os filhos dos trabalhadores em 1949. Inicialmente, o Bairro da CUF era composto por 312 moradias de único piso, formando conjuntos de ruas cuja toponímia remete para o fabrico de produtos químicos da CUF. Abarcando quase todo o Alto de Santa Bárbara, as moradias estavam organizadas em bandas formando quarteirões de ruas.

Barreiro - Bairro da CUF - Torre do Relógio


Acrílico sobre tela 30 cm x 40 cm
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Torre do Relógio - Fundamental para a regulação dos turnos de 24 horas da CUF foi a construção da Torre do Relógio, em 1928, instrumento que ainda hoje se encontra em funcionamento. O recurso a relógios de rua era típico de uma época de mentalidade industrial, já que serviam sobretudo para regular a vida do bairro, marcando o quotidiano e o ritmo de trabalho dos habitantes.

Barreiro - Igreja Nossa Senhora da Graça - Palhais

Acrílico sobre tela 40 cm x 30 cm

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Entrando em Palhais, ficará certamente surpreendido com a sua igreja de traça manuelina, dedicada a Nossa Senhora da Graça, fundada segundo a tradição por Paulo da Gama. É uma igreja de estilo manuelino mas assinalando a transição para o renascimento, devido aos restauros aí efectuados em finais do século XVI.

Barreiro - Escola Alfredo da Silva

Acrílico sobre tela 50 cm x 40 cm

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A Escola Industrial e Comercial Alfredo da Silva – E.I.C.A.S. – foi criada em 27 de Dezembro de 1945, pelo Decreto n.º 35402, publicado nesta data, no Diário do Governo, e inaugurada a 12 de Janeiro de 1947. Foi o primeiro estabelecimento de Ensino Secundário do Concelho do Barreiro, criada com o objectivo de formar trabalhadores qualificados que pudessem ser integrados nas novas indústrias que se estavam a instalar e a desenvolver no Barreiro, após o fim da 2ª Guerra Mundial.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Barreiro - Coina - Torre do Inferno

Acrílico sobre tela 50 cm x 40 cm

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TORRE DO INFERNO
A quinta onde se encontra a Torre de Coina foi propriedade rural, no século XVIII, de D. Joaquim de Pina Manique, irmão do famoso intendente de D. Maria I, Diogo Inácio Pina Manique. A propriedade foi depois adquirida, no século XIX, por Manuel Martins Gomes Júnior, comerciante natural de Santo António da Charneca, que em 1910 mandou construir a chamada "Torre de Coina", diz-se, para que “conseguisse avistar a propriedade que possuía em Alcácer do Sal”.
(Mas parece pouco credível este argumento e diz-se que a construção do mirante seria apenas para permitir ao proprietário, em qualquer altura do dia, vigiar, com um óculo, os movimentos das suas fragatas no rio Tejo. Não parecia possível que do alto do mirante, se avistassem terrenos em Alcácer do Sal a dezenas de quilómetros de distância.)
Ainda hoje a marca de D. Joaquim está patente na quinta pois encontra-se uma cruz de Cristo inscrita numa lápide nos muros da quinta. Em finais do século XIX parte da propriedade foi comprada pelo “rei do lixo” (Manuel M. G. Júnior) que construiu um império a partir do nada! Manuel Martins Gomes Júnior nasceu em 1860 no seio de uma família humilde em S. António da Charneca e prometeu a si mesmo mudar de vida e foi o que fez! Trabalhou como empregado de uma mercearia em Lisboa, quando fez algum dinheiro regressou ao Barreiro e comprou o moinho de água em frente à Quinta de S. Vicente.
Segundo se conta a forma como Manuel M. G. J. ganhou a sua primeira maquia foi ao assinar um contrato com uma seguradora, e posteriormente atear fogo ao moinho, recebendo o dinheiro relativo ao estrago. Assim comprou uma fatia daquilo que será a sua grande quinta. Durante os anos seguintes Manuel M. G. J. trabalhou na agricultura, emprestando dinheiro aos proprietários vizinhos para cultivarem a ceara. Porém houve anos maus (e Manuel não perdoou as dívidas!) e tomou uma decisão radical, anexou as parcelas dos devedores à sua, formando assim uma quinta com mais de 300 hectares.
Devido ao seu profundo anti-deísmo baptizou-a de Quinta do Inferno. Estabeleceu um contrato com um grande negociante e exportador de carnes, Manuel M. G. J. alugou-lhe o espaço para porcos. Pouco tempo depois o seu sócio morreu e Manuel assumiu o controlo dos negócios passando a ser negociante de carnes. Devido à sua intuição nata para os negócios e ao seu carácter empreendedor atingiu o auge assegurando o controlo da recolha dos lixos em Lisboa (à altura os lixos eram apenas matéria orgânica) transportando-os para Coina nos seus cinco barcos (a que deu os nomes de Mafarrico, Lúcifer, Belzebu, Demónio e Satanás). O lixo servia de alimento aos porcos, ele não gastava um tostão! Em 1910 após a revolução republicana mandou construir o palácio de Coina investindo aí muito dinheiro, conta-se que o palácio foi construído com os mais ricos materiais da época. Nunca se chegou a saber qual a finalidade do edifício, uns afirmam que se destinava a “ir para lá morar com toda a sua família”, “que era para do alto avistar as suas vastas propriedades no Seixal”, ou “que era para fazer uma demonstração de grandeza e poder”. Outros disseram que seria nova sede da maçonaria visto que a sede ardera havia pouco tempo. Assim a Quinta do Inferno passou para o seu genro António Ramada Curto que posteriormente a vendeu a José Mota. A Quinta do Inferno mudou então de nome e passou a chamar-se Quinta de S. Vicente.




quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Barreiro - Largo da Esperança - ex-Pátio Morgado (vulgo Pátio dos Bichos)

Acrílico sobre tela 50 cm x 30 cm

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Pretendemos acrescentar algumas notas sobre este "velho" espaço do Barreiro. Infelizmente, a história desta cidade ainda está por fazer e nada encontrámos sobre o Pátio Morgado. Continuaremos a procurar. Mas a nossa memória leva-nos para os anos 50 quando frequentávamos o colégio do "ti" Seixas e passávamos por lá com frequência. Lembramo-nos que nessa altura o Barreiro fervilhava de vida devido essencialmente à indústria corticeira, à CP e à CUF. A ideia que temos é que o Pátio Morgado tinha muita gente, trabalhadora e pobre e muita criançada. Daí talvez lhe tenham chamado Pátio dos Bichos devido à "bicharada" que por ali vivia. Se assim não fôr...
Costuma-se dizer que quem procura sempre encontra. E, sobre o Pátio Morgado encontrámos qualquer coisa. Pouco, é certo, mas vamos continuar a procurar. Folheando o “Barreiro Antigo e Moderno – As outras terras do concelho” de Armando da Silva Pais, encontrámos a páginas 112 e sobre a história do “Poço dos 16” o seguinte: “Finalmente, exigências de estética e higiéne levaram a câmara em exercício em 1951 a fazer desaparecer daquele local todo e qualquer vestígio do velho poço público que, a 12 de Agosto desse ano, foi substituido, simbòlicamente, por um marco fontenário no Páteo Morgado, próximo dele, ao qual foi dada a mesma designação de “Poço dos 16” (ou “dos Dezasseis”, como também é designado). Nessa data, Agosto de 1951, tínhamos, então, 13 anos e frequentávamos como dissemos acima o Colégio do Seixas. Temos uma vaga ideia do “Poço dos 16”. A ideia que fazemos é a dum fontanário talvez com tanque para os animais???, ali na Rua Almirante Reis entre os cinemas República e Teatro-Cine. Na verdade, o Pátio Morgado era e é ali bem perto.








Barreiro - Igreja de Santa Cruz e Estátua do Padre Abílio Mendes

Acrílico sobre tela 50 cm x 40 cm

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Templo dos sécs. XV a XXI da Ordem de Santiago composto por uma única nave com paredes de alvenaria.
Em 1487 é Igreja Paroquial sendo elevada a Igreja Matriz em 1521, após a formação do Município, com D. Manuel I. O actual aspecto da Igreja, resulta dos arranjos efectuados entre 1835 e 1850.
A pintura da abóbada Neoclássica é do pintor francês - Mestre Pierre Bordes, actualmente descaracterizada após obras efectuadas em 2001.
No Largo fronteiro ergue-se a Estátua de homenagem ao Padre Abílio Mendes, seu Pároco entre 1932 e 1953.
Abílio da Silva Mendes, nasceu a 12 de Março de 1886 em Mira D’Aire, concelho de Porto de Mós, distrito de Leiria.
Em 1932, é nomeado pároco da Igreja de Santa Cruz no Barreiro, terra essencialmente fabril, onde permaneceu até ao fim da sua vida e onde foi confrontado com muitas dificuldades sociais e económicas da população.
Deixou-nos a 23 de Fevereiro de 1953. O falecimento do “Pai dos pobres” como era conhecido no Barreiro provocou grande pesar e consternação na população onde “O Sr. Prior” gozava de grande respeito e maior estima. Os seus restos mortais encontram-se em repouso no cemitério da Vila-Chã.
Em 1959, o povo do Barreiro homenageia este HOMEM com a inauguração de uma estátua no Largo de Santa Cruz, fronteira à igreja do mesmo nome.